A dinâmica da pintura na Op Art é alcançada com
a oposição de estruturas idênticas que interagem umas com as
outras, produzindo o efeito óptico. Diferentes níveis de iluminação
também são utilizados constantemente, criando a ilusão de
perspectiva. A interação de cores, baseado nos grandes contrastes
(preto e branco) ou na utilização de cores complementares são a
matéria prima da Op Art. A técnica "moire", aplicada no
trabalho "Current", de Bridget Riley, é um bom exemplo.
Nela, há a criação de um espaço móvel, produzindo um efeito
denominado "whip blast" (explosão do chicote). Esta
técnica, assim como a maioria das técnicas utilizadas na Op Art,
exploram as possibilidades do fenômeno óptico na criação de
volumes e formas virtuais.
Renato
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Em outras palavras
A Op Art (é uma abreviação inglesa para "Arte
Óptica") O termo foi empregado pela primeira vez na revista
Times no ano de 2001 e designa uma derivação do expressionismo
abstrato.
A Op Art, com suas pinturas voluptuosas, brincam
com nossas percepções ópticas. As cores são usadas para a criação
de efeitos visuais como sobreposição, movimento e interação entre
o fundo e o foco principal. Os tons vibrantes, círculos concêntricos
e formas que parecem pulsar são as características mais marcantes
deste estilo artístico.
Por ser Op Art não é considerada um movimento
genuíno dentro das artes visuais, sendo reconhecida mais como uma
vertente de outras linhas artísticas, como por exemplo a Kinetik Art
(Arte Cinética). O limite entre a Kinetic Art e a Op Art é bastante
tênue, o que gera confusão entre estes estilos.
A diferença básica entre ambos é que na Kinetic
Art, os processos ópticos são baseados na percepção do movimento
real ou aparente da obra, que pode ser plana, bi ou tridimensional,
enquanto que, na Op Art, há apenas movimentos virtuais,
utilizando-se objetos planos e formas geométricas. Os padrões mais
rígidos fazem com que o apuro nas formas e o estudo detalhado dos
fenômenos ópticos sejam os principais enfoques da Op Art.
Em 1965, foi organizada a primeira exposição de
Op Art. A mostra foi chamada "The Responsive Eye" (O Olho
que Responde), no Museu de Arte Moderna de Nova York. Entre os
principais expoentes da Op Art, estão Victor Vasarely, Richard
Anuszkiewicz, Bridget Riley, Ad Reinhardt, Kenneth Noland e Larry
Poons. A exposição, no entanto, não teve muito sucesso. A Op Art
esteve, durante um bom tempo, renegada aos meios considerados
"alternativos" nos EUA e Europa. O período posterior à
exposição não foi dos melhores para a Op Art, que quase caiu no
esquecimento. Em parte, esse distanciamento surgiu devido à
concorrência com a Pop Art, que tomava conta de praticamente todo o
cenário artístico mundial, deixando pouco espaço para as demais
expressões artísticas.
O advento do computador, no entanto, trouxe um
novo fôlego à Op Art. As cores metálicas, as formas praticamente
matemática e a organização rigorosa dos elementos têm tudo a ver
com a "sociedade cibernética".
Op arte
Op art é um termo usado para descrever
a arte que explora a falibilidade do olho e pelo uso de ilusões
ópticas.
A expressão "op-art" vem do inglês
(optical art) e significa “arte óptica”. Defendia para arte
"menos expressão e mais visualização". Apesar do rigor
com que é construída, simboliza um mundo mutável e instável, que
não se mantém nunca o mesmo.
Richard Anuszkiewicz: Templo do amarelo
radiante
Os trabalhos de op art são em geral abstratos,
e muitas das peças mais conhecidas usam apenas o preto e o branco.
Quando são observados, dão a impressão de movimento, clarões ou
vibração, ou por vezes parecem inchar ou deformar-se.
Apesar de ter ganho força na metade da década
de 1950, a Op Art passou por um desenvolvimento relativamente lento.
Ela não tem o ímpeto atual e o apelo emocional da Pop Art; em
comparação, parece excessivamente cerebral e sistemática, mais
próxima das ciências do que das humanidades. Por outro lado, suas
possibilidades parecem ser tão ilimitadas quanto as da ciência e da
tecnologia.
O termo surgiu pela primeira vez na Time
Magazine em Outubro de 1964, embora já se produzissem há alguns
anos trabalhos que hoje podem ser descritos como "op art".
Sugeriu-se que trabalhos de Victor Vasarely, dos anos 30, tais como
Zebra (1938), que é inteiramente composto por listas
diagonais a preto e branco, curvadas de tal modo que dão a impressão
tridimensional de uma zebra sentada, devem ser consideradas as
primeiras obras de op art.
Em 1965, uma exposição chamada The
Responsive Eye (O Olho que Responde), composta inteiramente por
trabalhos de op art, abriu em Nova Iorque. Esta exposição fez muito
para trazer a op art à ribalta, e muitos dos artistas hoje
considerados importantes no estilo exibiram lá trabalhos seus. Em
seguida, a op art tornou-se tremendamente popular, e foram usadas
imagens de op art em vários contextos comerciais. Bridget Riley
tentou processar uma empresa americana, sem sucesso, por usar um dos
seus quadros como base para um padrão de tecido.
Bridget Riley é talvez a mais conhecida dos
artistas de op art. Inspirando-se em Vasarely, pintou uma série de
quadros só com linhas pretas e brancas. No entanto, em vez de dar a
impressão de um objecto do mundo real, os seus quadros deixavam
frequentemente a impressão de movimento ou cor.
Mais tarde, Riley produziu trabalhos coloridos,
e outros artistas de op art também trabalharam com cor, embora estes
trabalhos tendam a ser menos conhecidos. Contrastes violentos de cor
são por vezes usados para produzir ilusões de movimento similares
às obtidas a preto e branco.
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Pop art no Brasil
Nos anos 60
frutificou entre os artistas brasileiros uma tendência irônica
derivada da Pop art norte-americana refletindo o clima tenso criado
pelo regime militar imposto em 1964. Aderindo apenas à forma e à
técnica utilizada na Pop art os artistas expressaram a insatisfação
com a censura instalada pelo regime militar, tematizando questões
sociais de política. Entre as exposições mais importantes nesse
período destaca-se a Opinião 65, realizada no Museu de Arte
Moderna do Rio de Janeiro, composta por 17 artistas brasileiros e 13
estrangeiros.
Dentre os principais artistas nesta época
estão Wesley Duke Lee, Luiz Paulo Baravelli, Carlos Fajardo, Claudio
Tozzi, José Roberto Aguilar e Antonio Henrique Amaral, entre outros.
Pop art
Pop art (ou Arte
pop) é um movimento artístico surgido no final da década de
1950 no Reino Unido e nos Estados Unidos. O nome desta escola
estético-artística coube ao crítico britânico Lawrence Alloway
(1926 - 1990) sendo uma das primeiras, e mais famosas imagens
relacionadas ao estilo - que de alguma maneira se tornou paradigma
deste - ,a colagem de Richard Hamilton (1922 - 2011): O que
Exatamente Torna os Lares de Hoje Tão Diferentes, Tão Atraentes?,
de 1956. A Pop art propunha que se admitisse a crise da arte que
assolava o século XX desta maneira pretendia demonstrar com suas
obras a massificação da cultura popular capitalista. Procurava a
estética das massas, tentando achar a definição do que seria a
cultura pop, aproximando-se do que costuma chamar de kitsch.
Diz-se que a Pop art é o marco de passagem da
modernidade para a pós-modernidade na cultura ocidental.
Theodor W. Adorno e Max Horkheimer, nos anos
80, cunharam o termo Indústria cultural. O conceito analisa a
produção e a função da cultura no capitalismo e relaciona cultura
como mercadoria para satisfazer a utilidade do público.
A defesa do popular traduz uma atitude
artística adversa ao hermetismo da arte moderna. Nesse sentido, esse
movimento se coloca na cena artística como uma das mãos que não se
movia. Com o objetivo da crítica Tônica ao bombardeamento da
sociedade capitalista pelos objetos de consumo da época, ela operava
com signos estéticos de cores inusitadas massificados pela
publicidade e pelo consumo, usando como materiais principais: gesso,
tinta acrílica, poliéster, látex, produtos com cores intensas,
fluorescentes, brilhantes e vibrantes, reproduzindo objetos do
cotidiano em tamanho consideravelmente grande, como de uma escala de
cinquenta para um,objeto pequeno , e depois ao tamanho normal
segunda-feira, 30 de julho de 2012
MEMÓRIAS LITERARIS
MEMÓRIAS LITERÁRIAS
Queridos, alunos!!!!
Vocês sabem o que são "memórias literárias"?
Memórias literárias são textos que recuperam uma época com base em lembranças pessoais. Quem as produz, em geral, são escritores convidados por editoras para narrar suas memórias de modo literário. Esse texto tenta despertar as emoções do leitor por meio da beleza e da profundidade da linguagem. Quem escreve quer envolver quem lê com as memórias que estão sendo contadas.
Nas memórias literárias, o que é contado não é a realidade exata. A realidade dá base ao que está sendo escrito, mas o texto também traz boa dose de inventividade.
Queridos, alunos!!!!
Vocês sabem o que são "memórias literárias"?
Memórias literárias são textos que recuperam uma época com base em lembranças pessoais. Quem as produz, em geral, são escritores convidados por editoras para narrar suas memórias de modo literário. Esse texto tenta despertar as emoções do leitor por meio da beleza e da profundidade da linguagem. Quem escreve quer envolver quem lê com as memórias que estão sendo contadas.
Nas memórias literárias, o que é contado não é a realidade exata. A realidade dá base ao que está sendo escrito, mas o texto também traz boa dose de inventividade.
Algumas marcas comuns aos textos de memórias são as seguintes:
- Expressões em primeira pessoa usadas pelo narrador, como: Eu me lembro"; "Vivi numa época que".
- Verbos que remetem ao passado, como: "lembrar"; "reviver"; "rever".
- Palavras utilizadas na época evocada, como: "vitrola"; "flertar"; "baratinha".
- Expressões que ajudam a localizar o leitor na época narrada, como: "naquele tempo; "em 1942".
- Participação de outros personagens; de pessoas presentes nas lembranças dos entrevistados.
Texto
Meus tempos de criança
Rostand Paraíso
Pulávamos
os muros e ganhávamos os quintais das casas vizinhas, enormes e cheias
de fruteiras e de toda a sorte de animais, gatos, cachorros, galinhas,
patos, marrecos e outros mais. Chupando mangas, gostosas mangas,
mangas-espada, mangas-rosa e manguitos, esses quase sempre os mais
saborosos, dividíamos os times e organizávamos as peladas de fundo de
quintal que exigiam grande malabarismo de nossa parte, com as frondosas
árvores para driblar e grandes irregularidades no terreno para
contornar.
Usávamos "bolas de meias", preparadas por nós mesmos com papel de jornal compactado
e colocado dentro de uma meia de mulher, mas já começávamos a usar
bolas de borrachas e as "bolas-de-pito", que eram bolas de couro, com
pito para fora e que tínhamos o cuidado de envergar para dentro, para
evitar arranhaduras.
Gostosas,
memoráveis tardes que se prolongavam até a noitinha, parando-se apenas
quando não havia mais sol e quando não podíamos mais ignorar os gritos
que vinham de nossa casa, para tomar banho, mudar de roupa e ir jantar.
As
mesmas misteriosas ordens faziam-nos começar a desengavetar nossos
times de botão para a temporada que iria se iniciar. Os botões eram
polidos e engraxados.
Descobríamos,
nos botões das capas e dos jaquetões e, também, nas tampas de remédios,
promissores craques. Nossos pais começavam a estranhar, sem encontrar
qualquer explicação para fato, o desaparecimento das tampas dos xaropes e
dos botões das roupas. Esses craques em potencial, novos valores que
surgiam, eram devidamente preparados e passávamos dias a lixá-los e,
para lhes dar mais peso e maior aderência à mesa, a enchê-los com
parafina derretida. Trabalho que levava às vezes algumas semanas, os
novos craques sendo testados exaustivamente até que nos déssemos por
satisfeitos e os considerássemos prontos e aprovados para as grandes
competições pela frente.
Os
botões de chifre, preparados pelos presos da Casa de Detenção, onde
íamos comprá-los, começavam, pela sua robustez e pela potência de seus
chutes, a ganhar
nossa preferência. Não gostávamos, porém, daqueles botões que vinham do
Sul, de plástico, todos iguais, diferençando-se uns dos outros apenas
pelas "camisas" que traziam coladas sobre si, com as cores dos clubes
cariocas. Preferíamos, nós mesmos, pregar as cores do nosso time
preferido, no meu caso o Santa Cruz.
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